Chefchaouen, A CIDADE AZUL de Marrocos

Aventura em Marrocos: À descoberta de Chefchaouen, “a cidade azul”

Desengane-se quem pensa que Marrocos é um país só de cores quentes! Fomos à descoberta de tons mais frios (mas nem por isso temperaturas mais amenas!) na cidade de Chefchaouen. Já no fim da nossa viagem, a norte do país e 100 quilómetros a sul de Ceuta.

Queres saber o que esta cidade tem para oferecer? Desce para leres este artigo!

Amizades inesperadas pelo caminho

Uma vez que partíamos de Merzouga, dali até Chefchaouen ainda era uma longa viagem de carro (cerca de 10 horas). Portanto optámos por passar uma noite em Meknès. Afinal sempre seriam menos umas horinhas de caminho seguido! Entretanto, pelo caminho, em Ifrane, literalmente esbarrámos com habitantes bem caraterísticos daquela zona de Marrocos. Os macacos-de-Gibraltar (Macaca sylvanus) Muito simpáticos e que vieram imediatamente ter connosco a pedir o quê? Comida, claro! Por outro lado, quem estranhou esta empatia toda foi o Rafa, que não se ensaiou para ladrar aos primatas! Estava muito curioso e com vontade de se chegar perto deles. Contudo, é de lembrar que apesar de muito simpáticos e de estarem habituados ao contacto com humanos, estes animais são também selvagens. Pelo que é aconselhável alguma precaução.

A mítica “Versalhes Marroquina”

Depois de um merecido duche no Riad Golf Stinia, o simpático e bonito hotel de três estrelas que escolhemos para aquela noite, pusemos os pés ao caminho. De mochila nas costas e Rafita à trela, lá fomos nós em busca de Meknès, a “Versalhes Marroquina”. Assim apelidada durante o período colonial francês (1912 a 1956).

Meknès é uma das quatro cidades imperiais de Marrocos. Foi fundada em 1672 e é uma cidade muito agradável e tranquila, repleta de museus, palácios e mesquitas.

Passear é muito bom, mas com fome, não há pernas que aguentem as caminhadas. Portanto decidimos não nos aventurar muito no passeio e aproveitar para jantar ali mesmo, no centro de Meknès.
E depois? Depois fomos descansar para estarmos prontos para, no dia seguinte, seguirmos para Chefchaouen. Como diz a Sara e bem, “Estar de férias também cansa”. 🙂

Pelas ruas da “Cidade Azul”

Depois de um pequeno almoço preparado com todo o carinho pelo staff do hotel, já nos sentíamos fortes o suficiente para mais um dia de descoberta. Desta vez, fomos finalmente explorar a tão conhecida “Cidade Azul”, Chefchaouen (ou “Xexuão”, em bom português). Que a maioria dos edifícios do centro histórico/medina desta cidade é pintada de azul, isso já sabíamos. Mas perceber a razão da predominância desta cor tornou-se o mais surpreendente desta visita.

Chefchaouen fica entre dois cumes montanhosos, Kelaa e Megu. O que faz com que pareça ficar “encaixada” entre dois chifres. Nesse sentido, chef significa “olhar” e chaouen significa “cornos” em bom marroquino (diz lá que não estamos feitos uns poliglotas, eheh). Teve a sua fundação em 1471 e elementos da Espanha Muçulmana (Al-Andalus) povoaram a cidade ao longo do tempo. Chefchaouen era, de facto, uma cidade apetecível. Pois foi disputada por portugueses e espanhóis. Contudo, até ao início do século XX, era proibida a entrada de elementos não muçulmanos.

Quanto à cor predominante nas fachadas das casas, existem várias histórias, todas elas válidas! “O azul afasta os mosquitos”, “o azul é uma cor que representa Deus”, “o azul mantém a temperatura das casas agradável em épocas de calor”. Mas o significado de que mais se ouve falar é, sem dúvida, o facto de a cor azul simbolizar a paz, após tantas disputas pela cidade.

Repara que o Pedro decidiu criar um “dresscode” para esta visita. Assim, se a cidade é azul, os óculos são azuis, claro! 

Chefchaouen é muito mais do que azul!


Chefchaouen é uma cidade muito bonita. Com ruas estreitas, recantos e arcos que resultam em fotografias espetaculares! E, apesar de ser uma cidade, a zona antiga tem uma das mais pequenas medinas que poderás encontrar no país!

Esta cidade é, para além de digna de filme, absolutamente polivalente, com souks que vendem os mais variados elementos típicos.
No artesanato, predomina o cabedal e a lã, as vestes típicas e os cobertores tradicionais. O queijo de cabra é delicioso e lembra até iguarias bem portuguesas! Por outro lado, ali, a plantação de cannabis também é uma realidade. Não, não visitámos nenhuma. Até porque, para ficarmos zen, nos bastou a longa caminhada que fizemos por aquelas ruas inclinadas. Até o Rafita, sempre cheio de energia, ia parando para descansar! 🙂

Por fim, à noite, as luzes iluminavam até as ruelas mais escuras e a animação continuava pela cidade azul. Porém nós ficámo-nos por um jantar tipicamente marroquino, em jeito de despedida de um país que nos acolheu tão bem durante doze dias.
Assim podes ver aqui o vídeo da nossa visita a Chefchaouen e subscrever o nosso canal para ficares de olho nas nossas aventuras!

Beijinhos, abraços e lambidelas

Sara, Pedro e RAFITA 🐶

por:

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