Aventura em Marrocos: Uma noite em glamping no Deserto do Saara

É certo que podemos dizer que já viajamos bastante, mas passar uma noite no deserto foi das experiências mais bonitas e inusitadas que tivemos.

O Deserto do Saara é uma das principais atrações de Marrocos e era um lugar que queríamos muito conhecer; a imensidão das areias, o trajeto de dromedário até ao alojamento…e como é dormir numa tenda, no deserto? Fica a saber tudo neste artigo!

Foi em Merzouga, às portas do Deserto do Saara do lado de Marrocos, que iniciamos esta aventura de passear pelo deserto. O calor ainda sufocava, pois apesar de ser já fim de dia, os termómetros marcavam 42 graus. Esta temperatura impediu-nos de fazer o percurso de ida de dromedário, pois a areia estava demasiado quente para o nosso Rafita poder ir à trela até ao destino (Não, não quisemos aventurar-nos a pôr o nosso cão em cima de um dromedário, era capaz de dar problemas! Eheh). No entanto, haviam disponíveis alguns jipes 4×4 para fazermos a maioria do percurso de forma mais rápida. O regresso, já de manhã, foi então feito em cima dos nossos amigos dromedários.

Um chá (e um cão) no deserto

Ao chegarmos ao Saharian Luxury Camp, acampamento de glamping onde iríamos pernoitar, foi impossível não ficarmos maravilhados. Por muitas fotografias que já tivéssemos visto e revisto pela internet fora, este lugar superava todas as nossas expetativas; quem poderia imaginar um pedacinho de luxo como aquele em pleno deserto? O conforto, a amabilidade do staff, as condições, a própria decoração…quem poderia até imaginar uma tenda com casa de banho completa, ali, no meio do “nada”, apenas dunas a perder de vista?

Fomos recebidos com o tradicional chá de menta marroquino e umas bolachinhas deliciosas. O filme do pôr-do-Sol no deserto ia começar dentro de instantes, ali mesmo à nossa frente! Sem dúvida um dos pores-do-Sol mais bonitos que conhecemos! Até o Rafa estava maravilhado, mas suspeitamos que fosse por outro motivo – os amigos dromedários. 🙂

Um acampamento só para nós

Sentimo-nos os verdadeiros reis das arábias por uma noite e, honestamente, não desgostámos nada da ideia. 🙂

Daquele acampamento de dez tendas, apenas a nossa estava ocupada, o que fez com que a calma invadisse ainda mais aquele lugar no momento de levantar a cabeça e contemplar a noite estrelada que estava! A única tenda ocupada era, efetivamente a do restaurante, onde tivemos direito a um pequeno espetáculo de música marroquina ao vivo.

O jantar foi-nos servido dentro da própria tenda; como entrada, um cestinho de pão típico marroquino para molhar em azeite aromatizado. Uma delícia! Depois, uma sopa de cenoura e gengibre e, para prato principal, borrego assado, acompanhado de batatas e arroz com açúcar glacê. Sim, pode parecer estranho, mas que era muito bom, lá isso era!

Curiosidade das curiosidades sobre esta noite no deserto: nessa noite, choveu um pouco e a temperatura era de 28 graus “apenas”, ah pois é! Até o S. Pedro foi nosso amigo nesta estadia no deserto!

Despedida de uma noite no deserto em bom

No dia seguinte, acordámos bem cedo (por volta das 6 horas) para assistir a mais um bonito espetáculo – o nascer do Sol – e ali ficámos, à espera até que ele decidisse aparecer na linha do horizonte. Enquanto esperávamos, adivinha o que o nosso cão decidiu fazer para passar o tempo. Buracos na areia! Eheh

As fotografias que tirámos foram mesmo muitas e, depois de tomarmos o pequeno-almoço (café da manhã), lá seguimos viagem de dromedário até ao nosso carro. Uma vez que tinha chovido de madrugada, a temperatura estava também ligeiramente mais baixa de manhã, o que fez com que o trajeto fosse mais agradável de se fazer. 

O Rafita ficou triste de não montar nenhum dromedário, mas teve direito a um dog walker particular…e tipicamente marroquino! O Mohamed, simpático funcionário do hotel, fez as delícias do nosso cãozinho ao percorrer as dunas com ele pela trela, enquanto ele ia “chapinhando” na areia e nós íamos desfrutando da vista de lá de cima. 🙂

Durante o nosso percurso, e como o Mundo é um aquário, é claro que tínhamos de encontrar um grupo de “TUGAS” portugueses, também a fazer o passeio de dromedário. 

Não vale a pena dizer que há camelos no Deserto do Saara…porque não existem mesmo. 🙂 Os animais que nos habituamos a ver nas imagens são, na verdade, dromedários (Camelus dromedarius), porque têm apenas uma bossa, ao contrário dos camelos (Camelus bactrianus) que têm duas bossas.

Ótima forma de nos despedirmos do  deserto, não? :)

Beijinhos, abraços e lambidelas!

Sara, Pedro e RAFITA 🐶