Uma aventura na Serra da Lousã: Caminhada pelas Aldeias de Xisto sem utilizar o Google Maps
São pequenos aglomerados de casinhas onde predomina o xisto e o quartzito, em zonas bem recônditas e lugares mágicos, que lembram até histórias infantis. Sim, é isso mesmo! Aldeias de Xisto! E a Serra da Lousã tem várias que vale a pena conhecer! Viemos até cá fazer uma caminhada com os nossos amigos do canal Viagem Animal, guiando-nos apenas pelos sinais, sem a ajuda do Google Maps!
Queres conhecê-los melhor? Lê este artigo e explicamos-te tudo!
PR’s e GR’s – vamos lá simplificar!
Por entre pedras e vegetação, lá começámos a nossa caminhada pelo PR (e sem o Google Maps!). PR É a denominação para um percurso pedestre de pequena rota. As pequenas rotas têm sempre menos de 30km de extensão e são marcadas pelos municípios. O número que se segue a esta sigla está sempre relacionado com o número de percursos pedestres existentes na zona/município. No caso dos PR’s, o sinal correspondente é sempre de dois traços horizontais; um amarelo por cima e um vermelho por baixo.
Por outro lado, existem também os GR’s, grandes rotas, que têm uma extensão superior a 30km. O sinal que os identifica é também de dois traços horizontais, um branco e um vermelho.
Neste caso, fomos fazer o PR5 – ROTA DOS SERRANOS, que se inicia no Castelo da Lousã , seguindo depois em direção a Porto Pisão por caminho florestal. Uma vez que é um percurso circular, viemos terminar exatamente no ponto de partida.
Para aqui ou para ali?
Depois de uma descida ao longo da Ribeira de São João, já avistávamos aquela que seria a nossa primeira paragem: a bonita Aldeia do Talasnal. Foi preciso ainda passarmos pela central Hidroelétrica da Ermida e de atravessar a dita ribeira através de uma ponte metálica, finalizando com uma subida íngreme que nos deixou muito mais cansados do que aos nossos cães!
Na Aldeia do Talasnal, pequenina mas simpática, quase nos sentimos abraçados pelas suas ruelas estreitas e pelos seus recantos mágicos que nos fazem regressar às histórias de encantar! Aqui, aproveitámos para recuperar o fôlego, beber água e provar as deliciosas sopas de castanha e de feijão vermelho!
O castelo da Lousã ainda estava longe. Mas agora sim, estávamos prontos para seguir caminho. Claro, sempre de acordo com os sinais e sem ajuda do Google Maps.
Tal como nas estradas, também os trilhos têm diferentes direções. Assim, os traços horizontais de que te falámos anteriormente, têm as suas variantes:
Os traços horizontais retos indicam que estás no caminho certo e que deves continuar em frente
Quando o traço vermelho (que fica por baixo) indica uma direção, é nesse sentido que deves continuar o teu percurso.
Por fim, quando o traço amarelo e o vermelho se cruzam, significa que estás no caminho errado. Aqui, deves voltar para trás e procurar qualquer um dos sinais acima.
Vê o nosso vídeo onde te damos uma ajuda!
Custoso mas proveitoso
A saída do Talasnal em direção ao Chiqueiro é feita por uma das ruelas da aldeia. Após a travessia da Ribeira da Vergada, existe um longo estradão florestal bastante íngreme. Não vamos mentir que já estávamos quase a abortar a missão, mas a vontade de conhecer as restantes aldeias era bem maior do que o cansaço!
O Chiqueiro é a aldeia mais pequenina das sete aldeias de xisto da Serra da Lousã. Daqui seguimos rumo à aldeia de Casal Novo. Por este percurso florestal de pinheiros, eucaliptos e carvalhos, chegamos ao ponto mais alto do trilho, onde a vista sobre a serra vale bem a pena!
Chegados à nossa terceira aldeia de xisto neste percurso, fomos brindados com uma chuvinha que quase nos deixou encharcados, não fossem os beirais das casinhas rasteiras servirem de abrigo.
Pelo que viemos a perceber, em Casal Novo já não há nenhuma residência de habitação permanente. Apenas alugueres de curta duração pelo Airbnb. Se pretendes um fim de semana longe da confusão da cidade e bem no meio da serra, esta será certamente uma opção a ter em conta!
Fim de rota, castelo da Lousã à vista!
À saída da aldeia de Casal Novo, há uma descida sinuosa em ziguezague até se chegar ao cruzeiro, onde já é possível avistar o Castelo da Lousã. Ao chegar aqui, sabemos que o nosso percurso está a chegar ao fim. Terminam assim 6,4km de muito cansaço, chuva mas também de muita diversão entre amigos!
Por vezes, não precisas de ir muito longe para fazeres um trilho deste género.
Como podes ver no site da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, são vários os percursos pedestres espalhados pelo nosso território, onde as paisagens valem todo o esforço investido. E, em boa verdade, o Google Maps não faz assim tanta falta, não é mesmo?
Quem sabe bem perto de ti não existem lugares que ainda não conheces! Atreve-te a explorar!
Vê aqui o que não deves dispensar levar para a tua trilha na natureza!
Beijinhos, abraços e lambidelas
Sara, Pedro e RAFITA 🐶
Links úteis:
Aldeias de Xisto
FCMP