Aventura em Marrocos: entre Marraquexe e o Deserto do Saara, há montanhas a perder de vista!
Montanhas do Atlas, já tinhas ouvido falar? É a maior cadeia montanhosa do Norte de África e é um ponto obrigatório para quem parte em busca das maravilhosas areias do Deserto do Saara.
Quem é que esteve lá? Nós e o Rafa, claro! Atravessámos estas montanhas e os seus desfiladeiros e, pelo caminho, tivemos algumas peripécias. Queres saber quais? Continua a ler este artigo!
Áridas, secas e barrentas. É assim que descrevemos as Montanhas do Atlas. No entanto, visitar este lugar vale bem a pena, pois as paisagens são de cortar a respiração.
Amigos amigos, regras de trânsito à parte!
De cortar a respiração foram também os nossos amigos polícias marroquinos (Gendarmeria Real de Marrocos) que nos cortaram o pio quando estávamos mesmo a começar a gravar um vídeo num spot que achámos bem apropriado. Mas, adivinha, a estrada estava em obras! E se estes percursos pelas Montanhas do Atlas já eram sinuosos sem elas, pior ficaram durante estes metros. Ouvimos a buzina da polícia e lá fomos nós a correr para o carro de novo. Esta viagem não seria a mesma sem mais um episódio com a polícia (vê aqui o momento em que estivemos prestes a ser multados em Marrocos!)!
Tirando estes episódios, fomos sempre muito certinhos com as regras de trânsito e com as velocidades de circulação. Porque mesmo nestas estradas, são vários os postos de controlo com radares de velocidade e nós rapidamente percebemos que se há povo que segue à risca as normas, é o povo marroquino.
Ao vermos esta placa, qual é a nossa tendência, como portugueses que somos? Parar perto da placa, ou mais à frente, ou mais atrás. Pois bem, em Marrocos, isso dá direito a multa, porque a regra é parar EXATAMENTE onde está o sinal de stop. Por pouco, e mais uma vez, escapamos a uma autuação. Já podemos dizer que somos os verdadeiros fugitivos das multas neste país e nós cá achamos que devemos isso ao focinho amoroso do Rafita. Ninguém lhe resiste, nem mesmo os polícias, eheh!
Grand Canyon de Marrocos? É quase isso!
Sim, as imagens das Montanhas do Atlas são imponentes, mas garantimos-te que, ao vivo, a imponência das Montanhas do Atlas chega a assustar um pouco. Para além da altitude das montanhas e desfiladeiros, as estradas são de curvas e contra-curvas bastante apertadinhas, por isso não é de todo o sítio ideal para o racing. 🙂
Ainda assim, apesar do clima muito quente e seco, ainda tivemos direito a chuva torrencial. É verdade! Se o percurso por entre as Montanhas do Atlas já era perigoso, com as estradas alagadas, foi um verdadeiro desafio circular por lá, pelo que aproveitámos para fazer um desvio e conhecer os Estúdios CLA, em Ouarzazate. Clica aqui para leres o nosso artigo sobre esta experiência.
No dia seguinte, optámos então por fazer uma trilha com o Rafa. Durante o percurso, ficámos a conhecer um dos maiores desfiladeiros de Marrocos – As Gargantas do Todra – compostos por impressionantes penhascos que chegam a atingir os 300 metros de altura, separados apenas por cerca de 20 a 50 metros.
Entre estas paredes impactantes, corre o rio Todgha bem como uma estrada que acompanha o desfiladeiro. Ao circular nesta estrada, experimentamos uma sensação de impotência que só a natureza nos consegue transmitir. Arriscamos até dizer que nos sentimos verdadeiramente “engolidos” pela paisagem!
Mas nem só de imensidão vivem as montanhas do Atlas. Também as cores dos desfiladeiros merecem o seu destaque, variando entre tons quentes como rosa ou laranja, de acordo com a incidência do Sol.
Se és amante da natureza, a Cordilheira do Atlas e o desfiladeiro Gargantas do Todra (Gorges du Todra) em particular são, sem dúvida, um ponto obrigatório!
Não descures a hidratação. Apesar do ventinho que se faz sentir lá nas alturas, o Sol e o calor são também bastante intensos, pelo que água (de preferência, sempre engarrafada!) é indispensável nesta caminhada.
Primeiros dias de viagem
Fomos de pé atrás e a olhar por cima do ombro, mas as gentes marroquinas foram uma ótima surpresa. Foi impagável a amabilidade, a hospitalidade, a liberdade que sentimos ao andar na rua, principalmente a Sara que, por ser mulher, não ia só com um pé atrás. Ia com receios relativamente à diferença de trato das mulheres em Marrocos, factos explícitos em alguns blogues pela internet fora. No entanto, notou-se um grande respeito pelas mulheres turistas, sem qualquer tipo de proximidade excessiva ou abuso de confiança.
Quanto ao Rafa, dá para ver a alegria estampada no focinho dele. Até ali, pôde entrar em todos os locais públicos connosco! Mas teve de se sujeitar, claro, aos fãs que se abraçavam a ele e nos pediam para lhe tirar fotografias, pois não é de todo comum verem-se cães nas ruas por lá.
Requisitos de se ser um cão simpático, que podemos nós fazer? 🙂
Beijinhos, abraços e lambidelas
Sara, Pedro e RAFITA 🐶